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Protesto contra reintegração de posse fecha rua em SP

Os manifestantes são moradores de três ocupações no extremo sul da cidade

Protesto contra reintegração de posse fecha rua em SP
Notícias ao Minuto Brasil

09:05 - 13/07/15 por Notícias Ao Minuto

Brasil Moradia

Uma manifestação bloqueou a Avenida Senador Teotônio Vilela, próximo ao terminal de ônibus Largo do Rio Bonito, na capital paulista. A via foi liberada por volta das 8h e o protesto se concentra em frente a subprefeitura da Capela do Socorro, onde pedem uma reunião com representantes do órgão.

Os manifestantes são moradores de três ocupações no extremo sul da cidade e uma delas tem reintegração de posse marcada para amanhã (14). A estimativa das lideranças é que 350 pessoas participem do protesto. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes.

De acordo com Leanir José da Costa, coordenador do Movimento Plínio de Arruda Sampaio, ocupação que sofrerá a reintegração de posse, o terreno no Jardim Sabiá foi ocupado em julho do ano passado. No local, vivem 400 famílias, num total de 1,2 mil pessoas.

“Não houve discussão com a subprefeitura, não tem um levantamento da vulnerabilidade das pessoas que vivem ali”, reclamou Leanir. Os manifestantes vão se dirigir à subprefeitura da Capela do Socorro. Além da Plínio de Arruda Sampaio, os manifestantes pedem atenção às ocupações Novo Recanto e Jardim da União, que também correm risco de sofrer reintegração de posse.

Eliane Pereira de Pontes, de 62 anos, é vendedora ambulante. Ela vende salgadinhos e refrigerantes num carrinho de mão pelas ruas do extremo sul. “Não sou aposentada, nunca tive uma moradia digna. Eu espero que isso não aconteça, essa reintegração. Eu não sei nem o que fazer, todo mundo agoniado, muita criança. Tem pai de família, mãe de família, cadeirantes. Esses governantes têm que ter compaixão, piedade, misericórdia de nós,” disse.

Kleber Tadeu Silva, de 37 anos, é repositor de supermercado e vive atualmente na ocupação Plínio de Arruda Sampaio. Ele ficou desempregado recentemente e não sabe o que fazer a partir amanhã. “Não tenho lugar para onde ir, não tenho como pagar aluguel. Minha mulher engravidou, estou numa situação complicada. Por isso estamos na rua, para tentar ver se a gente consegue a nossa moradia,” lamentou.

A

Agência Brasil

entrou em contato com a Secretaria de Habitação, mas ninguem atendeu às ligações. Com informações da

Agência Brasil.

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