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MTST planeja bloquear vias de São Paulo durante sessão do impeachment

Além de integrantes do MTST, militantes de outros grupos de esquerda participarão dos protestos

MTST planeja bloquear vias de São Paulo durante sessão do impeachment
Notícias ao Minuto Brasil

11:53 - 27/08/16 por Folhapress

Brasil Notícias do Brasil

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e movimentos de esquerda planejam bloquear "grandes rodovias e avenidas" de São Paulo na próxima terça-feira (30), durante a etapa final do processo de impeachment contra a presidente afastada, Dilma Rousseff.

Segundo Guilherme Boulos, coordenador do movimento, a expectativa é de que 10 mil pessoas participem dos "travamentos e bloqueios de grandes rodovias e avenidas" da capital paulista.Além de integrantes do MTST, militantes de outros grupos de esquerda participarão dos protestos. Boulos disse à reportagem que manifestações semelhantes, "mais contundentes", também devem ocorrer em outras capitais.

"Essas mobilizações já são parte do processo [contra o impeachment] e nós vamos continuar. O que está em jogo não é só a votação", afirma Boulos. "Se o julgamento caminhar para a confirmação do golpe, e tudo indica que sim, se abrirá um período longo de instabilidade [no país]."

Detalhes sobre os locais e horários dos bloqueios não foram divulgados.Um dia antes, na segunda (29), os grupos contra o impeachment pretendem protestar em frente ao Senado, em Brasília.

Segundo Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, militantes devem acompanhar a presidente afastada desde a saída do Palácio da Alvorada, pela manhã, até o Senado, onde Dilma apresentará pessoalmente sua defesa.

Caso não seja possível acompanhá-la, a expectativa é de que militantes "aguardem por ela na entrada do Senado", diz Bonfim. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem entidades sindicais, estudantis e grupos de esquerda, planejam fazer um ato de apoio a Dilma às 18h no local.

Já em São Paulo, grupos contra o impeachment planejam se reunir no fim da tarde na Praça do Ciclista, próxima à Avenida Paulista. Esta manifestação, no entanto, ainda não está confirmada.

PRÓ-IMPEACHMENT

Consultados, os movimentos favoráveis ao impeachment não informaram uma agenda consolidada de eventos, embora exista um diálogo para que os grupos se manifestem de forma conjunta caso o impeachment seja confirmado.

Marcello Reis, líder do Revoltados Online, afirma que mandou ofício para Polícia Militar pedindo liberação de ato na avenida Paulista nos dias 29, 30 e 31 de agosto. O grupo, no entanto, não pretende acompanhar a votação.

Segundo Reis, a realização de uma manifestação depende do andamento da votação no Senado.

Carla Zambelli, do movimento Brasil Nas Ruas, afirma que os movimentos contrários à presidente afastada estão articulando atos conjuntos para comemorar, caso o impedimento se confirme.

"O problema está na relação do horário que deve acabar o julgamento do impeachment. Precisávamos saber se vai acabar até umas 20h, para conseguirmos planejar para o mesmo dia. Depois disso ninguém vai querer sair para a rua", diz.O movimento Vem Pra Rua declarou, pela assessoria de imprensa, que não tem uma agenda própria de atos, mas que estimulará comemorações espontâneas. "Se a votação final acontecer no dia 30 ou 31/8, talvez as pessoas saiam às ruas para comemorar, o que incentivaremos."

Procurado, o MBL (Movimento Brasil Livre) afirmou, sem maiores detalhes, que deve organizar manifestação. Com informações da Folhapress. 

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