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Grávida com morte cerebral dá à luz gêmeos após 123 dias internada

Os bebês nasceram com 7 meses na última segunda-feira (20)

Grávida com morte cerebral dá à luz gêmeos após 123 dias internada
Notícias ao Minuto Brasil

12:06 - 22/02/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Superação

Foram 123 dias lutando pela vida de dois bebês. Os gêmeos estavam na barriga de Frankielen da Silva Zampoli, de 21 anos, que teve uma hemorragia cerebral e ficou internada por sete meses no Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, em Curitiba. Médicos e familiares optaram por mantê-la viva para salvar a vida dos seus filhos, que nasceram prematuros, na segunda-feira (20).

Após ter dado entrada no hospital com hemorragia grave, três dias depois foi constatada a morte cerebral. A missão de salvar a vida dos pequenos Azaphi e Ana Vitória foi cumprida pelos médicos. O desafio, então, era manter o corpo da mãe funcionando para o desenvolvimento dos gêmeos. "Nós precisávamos manter a pressão adequada da mãe, a oxigenação adequada e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela", explicou o médico Dalton Rivabem, ao G1.

O monitoramento era feito 24 horas por dia. Sem reações, a mãe estava impossibilitada de dar mimos e carinhos aos filhos. "Nós trouxemos canções para as crianças. Cantávamos: 'Nós amamos vocês, um dia de cada vez'", contou a capelã e musicoterapeuta Érika Checan.

Sete meses depois, os médicos afirmaram que não podiam mais esperar. Os bebês nasceram com a saúde compatível com a de prematuros dessa idade. A menina Ana Vitória tem 1,4 kg. Já Azaphi, 1,3 kg. De acordo com os profissionais de saúde, não há como afirmar, a princípio, se houve sequelas.

No entanto, apesar da incerteza do futuro, a história se transformou em motivos de superação para o pai das crianças, Muriel Padilha. "Foi um momento, para mim, muito bom, de muita felicidade, dia após dia. Lá dentro, a felicidade transborda, dá ânimo de vida na gente, né?! Não tem preço, sabe. A força vem deles muito pra minha vida. Da minha esposa, vai ficar a saudade e o aprendizado", explica o pai, Muriel Padilha.

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