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Professora agredida em SC pede que país 'volte a valorizar a educação'

Marcia Friggi, de 51 anos, levou um soco no rosto após mandar aluno para a diretoria

Professora agredida em SC pede que país 'volte a valorizar a educação'
Notícias ao Minuto Brasil

13:45 - 22/08/17 por Folhapress

Brasil Santa Catarina

A professora Marcia Friggi, 51, pediu nesta terça-feira (22) que o país "volte a valorizar a educação" e que alunos e pais de alunos "voltem a respeitar os professores".

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"Precisamos voltar a valorizar a educação e a cultura. Precisamos voltar a respeitar os pais, os professores, os mais velhos. O Brasil está esquecendo disso", disse à Folha de S.Paulo.

Na segunda-feira (21), ela foi agredida a socos por um aluno de 15 anos dentro da escola em que trabalha, em Indaial (145 km de Florianópolis).

A professora publicou na internet fotos em que aparece com corte na testa e com hematoma no olho direito, e desde então vem sendo tratada nas redes sociais como uma espécie de "símbolo do descaso com a educação".

"Infelizmente, isso [agressão] não ocorre só comigo. Vários professores passam por esse problema diariamente. Isso [violência] precisa ser mudado. Nosso país só vai conseguir melhorar se melhorar a educação."

Friggi disse que ainda não consegue abrir o olho direito. "Não estou bem nem fisicamente, nem emocionalmente", afirmou ela, que está no magistério há 12 anos e "nunca havia passado por uma situação dessas".

A professora ficará sete dias em casa, de atestado. Nesta terça (22), Marcia voltou a publicar na internet fotos dos ferimentos no rosto. Ela usou a imagem para criticar a educação no país.

"É esta a face do teu magistério. São estes os olhos da tua educação. Brasil, volte a olhar para nós, professores", escreveu.

A professora afirmou que o comportamento do aluno "é reflexo da falta de respeito que ocorre em toda a sociedade" e que "na sala de aula isso vem à tona".Marcia disse que recebeu milhares de mensagens de carinho, mas que também vem recebendo "manifestações de ódio".

Ela afirmou que não tem expectativas sobre o que vai acontecer com o aluno. "A minha parte eu fiz. Não me acovardei. Procurei a polícia, fiz corpo de delito. Agora não é mais comigo. Com informações da Folhapress. 

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