De acordo com o jornal O Globo, os cerca de 1.500 policiais iniciaram a operação de reintegração do espaço pelas 5h dessa sexta-feira. O espaço a que chamam “Favela da Telerj” em referência à companhia a quem pertencia anteriormente, foi ocupado no dia 31 de março por cerca de 5 mil pessoas.

O prédio terá sido ocupado por pessoas que ficaram lá morando e que se recusavam a sair. Ao longo dessa manhã grande parte deles saiu sem oferecer resistência mas um bom número de moradores não obedeceu à ordem de desocupação e tiveram início os confrontos com a polícia militar.

Os soldados da PM foram atingidos com pedras mas responderam com bombas de efeito moral. Os invasores ainda incendiaram pelo menos um dos pisos do prédio, uma vez que testemunhas confirmaram fumaça saindo do último andar. Além do prédio, também um veículo da PM e um ônibus foram incendiados.

Do confronto resultaram pelo menos quatro feridos, três policiais feridos com pedras e uma mulher foi retirada do local ainda inconsciente, sem se conhecer ainda a causa.

Nessa operação foram usados 50 veículos e uma retroescavadeira que está sendo usada para derrubar as barracas construídas pelos invasores. A ação da PM foi defendida pelo prefeito Eduardo Paes uma vez que não tem existe nenhuma “Favela da Telerj”

“Eu não conheço favela nenhuma da Telerj e, sim, uma invasão com todas as características que uma invasão profissional pode ter. É um movimento organizado, com pessoas que estão ali loteando, demarcando. Pobre que é pobre, que precisa de casa, não fica demarcando, não aparece com madeirites marcando número. Tem que fazer a reintegração da posse”, afirmou Eduardo Paes.