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Yellow Bike concentra bicicletas em área nobre de SP e cria multa

Usuário de aplicativo não pode mais deixar a bike amarela onde quiser; taxa para isso será de R$ 30

Yellow Bike concentra bicicletas em área nobre de SP e cria multa
Notícias ao Minuto Brasil

18:05 - 27/09/18 por Folhapress

Brasil Mudança

O aplicativo de bicicletas amarelas que chegou a São Paulo com a propaganda de que o usuário poderia pegar a sua bike, sair pedalando por aí e estacioná-la onde quiser mudou de planos. A Yellow Bike criou restrição de uso e até uma multa para quem não respeitar os novos limites.

A restrição vai na contramão do sistema "dockless" (sem estação), carro-chefe de propaganda da marca, que dizia ser possível deixar e pegar as bikes em qualquer canto da cidade.

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Para quem está fora do centro expandido da cidade de São Paulo, encontrar uma Yellow não será tão simples quanto andar de bicicleta. A partir do dia 1º de outubro, a empresa responsável pelas amarelas passará a cobrar uma taxa de R$ 30 de quem estacionar fora de sua área de atuação.

No aplicativo para celular, um novo mapa delimitado já está disponível e exibe apenas um miolo cerceado, nos extremos, pelos bairros de Vila Leopoldina (zona oeste), Butantã (zona oeste), Santo Amaro (zona sul) e Jardins (zona oeste).

No dia 3 de setembro, a Folha de S.Paulo noticiou que o modelo havia chegado a bairros da periferia de São Paulo, como Cidade Dutra, Capão Redondo e Grajaú, no extremo da zona sul, e Brasilândia e Pirituba, na zona norte. Todos eles foram apagados no novo mapa.

Até então, a reportagem havia identificado maior número de bicicletas em áreas nobres da zona oeste, como os bairros de Itaim Bibi, Vila Olímpia e Pinheiros. Regiões norte, sul e centro careciam do símbolo amarelo que as representa. Usuários que estiverem fora da área de atuação da Yellow e optarem por não utilizar mais o serviço podem solicitar o estorno de seus créditos através do próprio aplicativo.

OUTRO LADO

Para Eduardo Musa, presidente e cofundador da Yellow, a restrição imposta pelo aplicativo não significa mudança alguma nos projetos anunciados inicialmente pela empresa."A gente não consegue atender uma cidade inteira com 20 mil bicicletas. Desde o começo, colocamos que seria preciso 100 mil delas", falou à Folha de S.Paulo.

Para um bom funcionamento do serviço, é preciso que haja densidade na oferta em regiões com muita demanda, explica.

Sobre a multa de R$ 30 para o resgate das bicicletas, o presidente diz que não se trata de uma penalização, mas de uma taxa de retorno. "Se tivermos que mandar um táxi ou um caminhão [para buscá-las], o custo é maior pra gente."

Idealizadas para pequenas distâncias, casos de usuários que levaram as bikes para Osasco, Santo André e outras cidades próximas a São Paulo também motivaram a medida.

Musa ainda defende que a opção por uma área de atendimento "travada tecnologicamente", como prefere dizer, não foi adotada desde o princípio para que se entendesse o comportamento da cidade.

O presidente da Yellow também refuta que a escolha tenha preterido usuários de regiões periféricas da cidade. Ele acredita que quem mais usa as bicicletas amarelas são moradores da periferia empregados no centro expandido. "Não é a pessoa que deixou de usar carro blindado que está usando a Yellow", diz. No último dado divulgado em setembro, a Yellow possuía 2 mil bicicletas em circulação. Atualmente, a empresa não divulga mais o número por considerá-lo estratégico. Com informações da Folhapress.

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