Russo, ex-assistente de palco da TV Globo, faleceu neste sábado (28), devido a uma infecção pulmonar. Seu corpo foi velado e enterrado na manhã deste domingo (29), onde amigos e familiares prestaram as últimas homenagens. Mesmo comovida, sua filha, Fernanda Santos de Souza e Silva, declarou que o "Alzheimer estava a cada dia mais agressivo".

"Fica um vazio imenso, porque ele era tudo na minha vida. Era meu guerreiro, meu exemplo; Eu vivia com ele nos bastidores da emissora que ele trabalhava, e nos últimos tempos de pai ele virou meu bebê, meu filho", afirmou.

Fernanda também declarou que, nos últimos tempos, Russo necessitava cuidados com grande frequencia.

"Tinham noites em que eu não dormia, tinham certas semanas em que eu trocava o dia pela noite, porque eu tinha que fazer comida e cuidar dele. O Alzheimer dele estava a cada dia mais agressivo, e como ele não andava eu precisava carrega-lo pra levar ao banheiro, dar banho, ele se tornou realmente um bebê", declarou.

Em entrevista para o Observatório da televisão, a filha de Russo comentou que seu pai tinha saudade de trabalhar com televisão.

"Tinham momentos em que ele acordava a noite e dizia “Prepara minha mochila, eu preciso ir trabalhar” e eu entrava no jogo dele porque não queria vê-lo frustrado. Arrumava a mochila, pegava na mãozinha dele e a gente ia até o portão, ele olhava o tempo e perguntava “Vai passar um ônibus aqui ou um táxi?” e eu dizia “Daqui a pouco passa, vamos aguardar”. Daí ele dizia estar cansado e voltava para a casa. Por várias vezes fiz esse mesmo trajeto", contou.

Sobre a ligação que o ex-assistente de palco tinha com seus antigos empregadores, Fernanda afirmou que não existia este relacionamento, pois ele havia desligado o vínculo com a empresa.

"As pessoas que o procuraram foram Geraldo Luis, Sonia Abrão, Gugu que chegou a ligar pra saber se ele estava fazendo fisioterapia. A Globo deu assistência fazendo pagamento do plano de saúde, e ele recebeu o dinheiro dele durante 5 anos após ser desligado. A assistência que a Globo poderia oferecer era essa", explicou.

Fernanda também declarou que Russo era um homem guerreiro, trabalhador e que "não morreu devendo ninguém".

"Certa vez nos desentendemos por ciúme e ele foi à minha casa me pedir perdão, e nós vivemos intensamente esse amor pois ele era mesmo um bom pai", completou.

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