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Homem é condenado a 22 anos de prisão por morte após briga política

Paulo Sérgio Ferreira de Santana foi condenado a 22 anos de prisão pela morte de Moa do Katendê após discussão eleitoral

Homem é condenado a 22 anos de prisão por morte após briga política
Notícias ao Minuto Brasil

08:50 - 22/11/19 por Folhapress

Justiça Tribunal

SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36, foi condenado na noite desta quinta-feira (21) a 22 anos de prisão, em regime fechado, por ter assassinado com 13 golpes de faca o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, 63, conhecido como Moa do Katendê, em 2018. Cabe recurso da decisão.

O crime ocorreu horas depois do 1º turno das eleições para presidente da República, após uma discussão relacionada ao pleito eleitoral, dentro de em um bar em Salvador. Ele já estava preso preventivamente e vai continuar cumprindo a pena na cadeia.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Paulo e Moa discutiram em voz alta e "agrediram-se mutuamente de forma verbal". Em seguida, Paulo Sérgio saiu do estabelecimento em direção à sua residência, onde buscou uma faca tipo peixeira e retornou ao bar para agredir Moa do Katendê. 

Durante o ataque, Germino Pereira, primo do capoeirista, foi atingido por uma "profunda facada" no braço direito, quando tentou defender a vítima, mas sobreviveu.Paulo confessou o crime espontaneamente.

Conforme as investigações à época, a vítima discordou da posição política do agora condenado, que disse ser eleitor do então candidato Jair Bolsonaro (PSL). Moa foi esfaqueado, segundo a denúncia, ao revelar que tinha votado no PT.

O julgamento começou na manhã desta quinta e só foi concluído às 20h, com a leitura da sentença pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza Matos. Paulo foi condenado por homicídio duplamente qualificado: por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.  

O crime gerou grande comoção em Salvador e repercutiu internacionalmente. Artistas brasileiros como

Caetano Veloso e Gilberto Gil e também internacionais, como Roger Waters, prestaram homenagens. Grupos de capoeira e movimentos ligados à cultura africana também homenagearam Moa com atos em Salvador, Recife e São Paulo.

Considerado um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia, Moa começou a praticar capoeira aos oito anos de idade, no terreiro de sua tia, o Ilê Axé Omin Bain.

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