No que diz respeito à saúde respiratória, muitos sintomas acabam passando despercebidos ou se confundindo com sintomas de problemas de saúde pouco graves. Mas é imperativo estar atento e informar o médico dos sintomas.

Sabia que um em cada cinco doentes internados com pneumonia acaba morrendo? E que a maioria até morre nos primeiros dois dias de internamento porque já chega ao hospital muito tarde?

O médico pneumologista Dr. Artur Teles de Araújo destacou que em relação às doenças respiratórias o mais importante é prevenir. Entre as formas de prevenir a pneumonia e as doenças respiratórias em geral, o especialista destaca que é essencial deixar de fumar, manter-se longe da poluição, manter a casa aquecida e sem humidade e, claro, ter acesso a cuidados de saúde.

Mas há outra doença respiratória facilmente ‘desvalorizada’ que se deve sublinhar e que teve relevância neste relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias. A DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – uma condição que leva à diminuição da função respiratória e à mudança do tecido pulmonar, tirando qualidade de vida ao paciente e levando à morte.

O Lifestyle ao Minuto falou com José Albino, atual presidente da Respira - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crônicas e doente com DPOC há 16 anos. Ele destaca que como esta doença afeta maioritariamente fumantes e ex-fumantes, os sintomas acabam sendo confundidos com os do tabagismo.

Tosse ou expetoração crônica ou dispneia de esforço, dificuldades respiratórias, cansaço, perda de força, infeções respiratórias são alguns dos sintomas. O diagnóstico, como destacam José Albino e o pneumologista Dr. Antônio Carvalheira Santos,

passa pela execução de uma espirometria – que funciona como um teste de alcoolemia – que mede a função pulmonar.

José Albino sublinha que a única forma de regredir a DPOC é deixando de fumar e adotando alguns cuidados diários. E conta que talvez por isso muitas pessoas evitam ir ao médico porque receiam ter de deixar de fumar.