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Perda auditiva em adolescentes é cada vez mais comum, diz estudo

Problema pode começar com zumbido nos ouvidos e é causado pela falta de cuidado em ambientes barulhentos e maus hábitos como o uso de fones de ouvido em volume excessivo

Perda auditiva em adolescentes
é cada vez mais comum, diz estudo
Notícias ao Minuto Brasil

07:38 - 17/08/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Audição

A vida de um adolescente pode ser muito agitada. Boates, shows e festas estão nos roteiros preferidos da maioria. Esses ambientes, que misturam sons de todos os níveis e por todos os lados, são muito prejudiciais à audição. Mesmo os mais jovens já sofrem os efeitos do barulho em excesso. Outra grande preocupação vem do uso diário e inadequado dos fones de ouvido, em um nível sonoro acima do recomendado; um ataque direto à saúde auditiva.

Testes auditivos realizados em 170 adolescentes na faixa etária de 11 a 17 anos revelaram resultados surpreendentes. O estudo, feito por pesquisadores da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), da Faculdade de Medicina da USP, com apoio da FAPESP, incluiu também um questionário no qual os adolescentes responderam se sentiam zumbido nos ouvidos e qual a intensidade, duração e frequência.

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Mais da metade dos jovens (54,7%) respondeu que, nos últimos 12 meses, haviam percebido tal ruído. Destes, 51% disseram que sentiram zumbido logo após usar fone de ouvido por muito tempo ou ao saírem de um ambiente muito barulhento. Já os testes auditivos revelaram que 28,8% dos adolescentes sentiam zumbido em níveis comparados aos de adultos. O mais alarmante é que esses jovens disseram não se incomodar com o ruído e, por conta disso, não relataram o problema aos pais, nem procuraram ajuda médica.

É preciso portanto muita atenção. Os primeiros sinais de perda auditiva podem vir com o zumbido, chamado Tinnitus, em um ou nos dois ouvidos, que podem causar efeitos dramáticos. Muitos ficam atordoados, uma vez que o mal interfere no sono, na concentração, na comunicação e na capacidade de relaxar. Nos adolescentes o incômodo provocado pelo zumbido pode também afetar os estudos, causando prejuízos imensos. Entre os adolescentes, o fator principal que provoca o zumbido é o uso frequente de fones de ouvidos em níveis sonoros elevados.

“O problema relacionado ao uso de fones de ouvidos está ligado ao volume e ao tempo diário em contato com o ruído. A exposição ao som intenso e frequente acima de 85 decibéis pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar do tempo”, lembra a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.

A fonoaudióloga ressalta que os males à audição causados pelo uso frequente dos fones varia de acordo com o indivíduo, mas é preciso estar atento para evitá-los. “A grande preocupação é que a 'Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados' (PAINPSE) tem efeito cumulativo e vai se agravando ao longo do tempo. Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da predisposição genética, o indivíduo, desde a infância, pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida”, explica Isabela, que é especialista em audiologia.

A verdade é que se os adolescentes continuarem se expondo a esses níveis de ruído poderão começar a apresentar perda de audição muito cedo, entre 30 e 40 anos. Intensidades de 80 a 90 decibéis já aumentam o risco de uma lesão na cóclea – órgão dentro do ouvido responsável pela audição. A boa notícia é que existem soluções para pelo menos ameniza esses problemas. Tanto o zumbido quanto as perdas auditivas, desde as leves à severas, podem ser atenuadas com o uso de aparelhos auditivos. E o designmoderno e confortável dos aparelhos no mercado atualmente estão ajudando a derrubar possíveis resistências e preconceitos.

“Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Recomendo aos jovens e adultos que usam fones de ouvido com frequência que façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que revela se a pessoa já tem perda auditiva e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento da deficiência”, aconselha a fonoaudióloga da Telex.

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