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Tragédia de Chernobyl completa 30 anos

O pior acidente nuclear da história sempre teve seu número de vítimas cercado de mistério

Tragédia de Chernobyl completa 30 anos
Notícias ao Minuto Brasil

05:51 - 26/04/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Ucrânia

Nesta terça-feira (26), a tragédia de Chernobyl completa 30 anos. O pior acidente nuclear da história sempre teve seu número de vítimas cercado de controvérsias. A ONU, em relatório, apontou 4 mil pessoas. O Greenpeace, cerca de 100 mil. Quanto ao número de mortos, 30 agentes que ajudaram a combater os efeitos da explosão morreram nos dias seguintes ao ocorrido.

Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator nuclear número quatro da usina, situado na cidade de Pripyat (que só começou a ser evacuada no dia seguinte), a 100 km de Kiev, na Ucrânia, antiga república soviética, explodiu enquanto era realizado um teste de segurança.

O líder russo, Mikhail Gorbachev,

esperou quase 3 semanas para se pronunciar sobre a catástrofe, apenas em meados de maio. Durante os 10 primeiros dias o combustível nuclear liberou nuvens tóxicas que chegaram a causar contaminação em 75% do território europeu. Dois dias após a explosão a Suécia lançou um alerta de quantidades normais de radiação. Na época, os principais afetados foram moradores de cidades ucranianas e da vizinha Belarus e também da Rússia.

Até hoje, mais de 300 mil pessoas não puderam voltar às suas casas, situadas em uma zona de exclusão e, apesar das proibições, mais de 5 milhões de pessoas vivem em zonas com altos índices de radiação.

A construção de uma estrutura de 110 metros de 25 toneladas começou em 2010. Ela deve ficar pronta no próximo ano, sob um custo de cerca de 10 bilhões de reais. Ela deve funcionar para que os cientistas encontrarem novas formas de desmantelar e enterrar o resto do reator para tornar o lugar habitável, já que a estrutura tem uma duração de 100 anos.

Em 2015, a escritora ucraniana Svetlana Alexievich, venceu o prêmio Nobel e, entre suas obras, está o livro Vozes de Chernobyl, onde ela dá espaço para centenas de pessoas que viveram a tragédia, desde cidadãos comuns, bombeiros e médicos, que sentiram na pele as violentas consequências do desastre, contarem seus relatos. Os testemunhos, colhidos após mais de 500 entrevistas realizadas pela autora, são apresentados por monólogos ligados entre si, apesar das diferenças dos relatos que os separam.

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