EUA responsabilizam russos por ataque a comboio humanitário
O general russo lançou dúvidas sobre se os caminhões teriam sido atacados pelo ar
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Mundo Notícias
Os Estados Unidos reafirmaram nesta terça-feira (20) que a Federação Russa foi a responsável pelo ataque aéreo a um comboio de caminhões com ajuda humanitária que provocou a morte a cerca de 20 pessoas na Síria, disse um dirigente norte-americano.
Dois aviões SU-24 estiveram operando na área onde os caminhões foram atacados na região de Aleppo ao fim de segunda-feira, adiantou a mesma fonte à agência noticiosa AFP, sob anonimato.
"A melhor avaliação que temos é que foram os russos que fizeram o ataque", acrescentou.
Antes, o Ministério da Defesa da Rússia garantiu que nem a sua aviação nem a aviação síria atacaram o comboio, levantando dúvidas sobre se os veículos teriam sequer sido atacados pelo ar.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e o Crescente Vermelho deram conta na segunda (19) de um ataque aéreo contra uma coluna humanitária perto de Auram al Kubra, a oeste da província síria de Aleppo, no qual 18 caminhões carregados com alimentos e medicamentos foram destruídos por aviões não identificados. Os veículos atingidos faziam parte de um comboio de 31 automóveis da ONU e do Crescente Vermelho sírio, que iam entregar ajuda a 78 mil pessoas em Orum al-Koubra, indicou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
O Governo dos Estados Unidos tinha responsabilizado a Rússia pelo ataque aéreo, apelidando-o de "bombardeamento".
"A aviação russa e a aviação síria não lançaram qualquer ataque aéreo contra um comboio humanitário da ONU a sudoeste de Aleppo", declarou o general Igor Konachenkov, porta-voz do ministério, num comunicado citado pelas agências russas.
O general russo lançou dúvidas sobre se os caminhões teriam sido atacados pelo ar.
"Estudamos atentamente as imagens de vídeo dos supostos 'ativistas' presentes no local e não encontramos quaisquer sinais de impactos de armas", realça o ministério.
"Não há crateras, a estrutura dos veículos não está danificada e não sofreram o sopro [da explosão] de um ataque aéreo", concluiu. Com informações da Agência Lusa.
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