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Saviano é condenado por plágio, mas receberá indenização por calúnia

Em sua página no Facebook, Saviano se disse satisfeito com a decisão

Saviano é condenado por plágio, mas receberá 
indenização por calúnia
Notícias ao Minuto Brasil

17:25 - 22/11/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Napoli

O escritor italiano Roberto Saviano, conhecido pelo seu livro-reportagem "Gomorra", terá que pagar 6 mil euros de indenização à editora Libra Editrice, sociedade que edita os jornais "Cronache di Napoli" e "Cronache di Caserta", por dois artigos das publicações que foram reproduzidos na sua famosa obra sobre a máfia Camorra sem a indicação da "fonte". A medida foi estabelecida pela Corte de Apelação de Nápoles nesta terça-feira (22). Inicialmente, em 2008, quando o processo começou, a quantia que a editora italiana queria de Saviano era de 300 mil euros que, em recurso anterior ao desta terça-feira (22), já havia diminuído para 60 mil euros.   

No entanto, quem terá que pagar a maior quantia não é o escritor, mas sim a Libra Editice, que terá que reembolsar 21 mil euros à editora Mondadori, responsável por "Gomorra", pelo processo e pagar 81 mil euros a Saviano por ter afirmado que todo o livro do escritor era fruto de plágio. Como, porém, o italiano tem que dar à companhia 6 mil euros, a quantia que deve ser dada pela Libra Editrice a ele é um pouco menor, de 75 mil euros.   

Em sua página no Facebook, Saviano se disse satisfeito com a decisão e criticou mais uma vez os jornais que o acusaram de plágio. "Por anos eu sofri com uma verdadeira perseguição por parte da Libra Editrice (que publica os diários 'Cronache di Caserta', antes 'Corriere di Caserta', e 'Cronache di Napoli') que em 2008 me acusou de plágio após os meus duros ataques a sua linha editorial", afirmou o escritor. Já os jornais viram o resultado como uma pequena vitória. "A sentença de hoje confirmou o que estamos dizendo há anos: Roberto Saviano copiou os artigos da Cronache. Unirei [a isso] que o escritor nunca pediu desculpas, aliás, ele continua a ficar em silêncio sobre essa circunstância", disse o diretor editorial dos jornais, Ugo Clemente. (ANSA)

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