Meteorologia

  • 19 MARçO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Orangotango que aprendeu a falar morre aos 39 anos nos EUA

Chantek aprendeu a usar linguagem dos sinais e estrelou um documentário

Orangotango que aprendeu a falar morre aos 39 anos nos EUA
Notícias ao Minuto Brasil

11:45 - 08/08/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Atlanta

O orangotango Chantek morreu aos 39 anos em Atlanta, nos EUA, nesta segunda-feira (7). O animal foi criado pela antropóloga Lyn Miles na Universidade do Tennessee e participou de uma experiência única que procurava entender se um macaco poderia aprender o comportamento humano. Ele foi a estrela do documentário "The Ape That Went to College" (O Macaco que Foi para a Faculdade) do Animal Planet.

Chantek foi criado em seu próprio quarto e sua vida era como a de uma criança humana.

Com a ajuda de Lyn Miles, ele aprendeu usar ferramentas, limpar seu quarto, fazer chamadas telefônicas para seu restaurante de fast food favorito ou uma loja de sorvete. Mas o mais importante, o macaco aprendeu a linguagem americana de sinais, começou a se comunicar com humanos e conseguiu manter uma conversa real. A única razão pela qual ele não podia dominar a fala oral era que as bocas de um orangotango não são projetadas para isso.

+ Saiba qual é a expectativa de vida destes animais

Chantek logo se integrou na vida social do campus em que morava: quando novinho, ele frequentava um jardim de infância dos filhos da equipe universitária. Ao envelhecer, sua foto apareceu nos anuários universitários: entre os rostos humanos, um rosto de "orangotango humano" pode ser visto.

O primata era inventivo: ele possuía um senso de humor e poderia criar seus próprios sinais para substituir aqueles que não conhecia — por exemplo, ele chamou a "pasta de dente" de "ketchup".

The Zoo Atlanta family is saddened to announce the passing of Chantek, a 39-year-old male orangutan, on August 7, 2017. Although his cause of death is not yet known, the Zoo’s Animal Care and Veterinary Teams had been treating Chantek with a regimen of advanced medical therapy targeted at mitigating his progressive heart disease. At 39, he was one of the oldest living male orangutans within the North American population of individuals overseen by the Association of Zoos and Aquariums’ (AZA) Orangutan Species Survival Plan® (SSP). Orangutans are considered geriatric after the age of about 35. Born December 17, 1977, at the Yerkes Language Research Center, Chantek was a beloved member of the Zoo’s orangutan population for 20 years, arriving at Zoo Atlanta in 1997. He was well-known for his knowledge of American Sign Language (ASL), learned prior to his arrival at the Zoo. Although he frequently used ASL to communicate with his caregivers, with whom he developed close personal bonds throughout his years at Zoo Atlanta, he was shy about signing with individuals he did not know and often chose forms of communication which are more typical of orangutans, such as vocalizations and unique hand gestures. “Chantek will be deeply missed by his family here at Zoo Atlanta. He had such a unique and engaging personality and special ways of relating to and communicating with those who knew him best. It has been our privilege to have had him with us for 20 years and to have been given the opportunity to offer him a naturalistic environment where he could get to know and live with his orangutan family,” said Hayley Murphy, DVM, Vice President of Animal Divisions. “Chantek’s long life is a great testament to the dedication of his care team and to the work of the Great Ape Heart Project, the combined efforts of which made it possible for us to give him the best care and quality of life the zoological community has to offer.” Please click the link in our bio to read the full story.

Uma publicação partilhada por Zoo Atlanta (@zooatl) a Ago 7, 2017 às 3:05 PDT

Ele participou de palestras e brincava com os alunos até se tornar muito grande e forte para circular livremente pelo campus. O orangotango foi então levado ao Yerkes Primate Center em Atlanta, um laboratório de pesquisa, onde foi preso em uma pequena gaiola. Quando a Dra. Lyn Miles foi autorizada a vê-lo, o orangotango parecia devastado. De acordo com o Daily Mail, ele disse por sinais "Mãe Lyn, pegue o carro, vá para casa". A Dra. Miles perguntou se ele estava doente. "Dói", disse Chantek. Ela perguntou onde dói: "Sentimentos", ele respondeu.

Em 1997, depois de 11 anos em uma gaiola, ele foi transportado para o Zoológico de Atlanta. Ele passou os últimos 20 anos de sua vida entre outros orangotangos aos quais se referia como "cachorros de laranja". Chantek se referia a ele como "pessoa de orangotango".

Sua inteligência brilhante e "personalidade envolvente" o ajudaram a desenvolver fortes laços com os cuidadores, às vezes chamando a antropóloga pelo primeiro nome "Lyn", depois da Dra. Miles. De acordo com a declaração do zoológico, ele "frequentemente usava a língua de sinais para se comunicar com seus cuidadores", mas "era tímido em usar os sinais com indivíduos que não conhecia e muitas vezes escolheu formas de comunicação mais típicas dos orangotangos, como vocalizações e gestos únicos das mãos".

A causa da morte de Chantek é até agora desconhecida, mas é altamente provável que ele tenha morrido por uma doença cardíaca que tratava desde 2016. Os orangotangos são considerados idosos após os 35, então ele viveu uma longa vida. O zoológico emitiu uma declaração. Com informações do Sputnik News Brasil.

Campo obrigatório