França não confirma terrorismo em ataque em Marselha
Ação com duas vítimas foi reivindicada pelo Estado Islâmico
© Jean-Paul Pelissier/Reuters
Mundo Investigação
Apesar da reivindicação do Estado Islâmico (EI), a França ainda não confirma a ligação do grupo terrorista com o ataque que deixou duas jovens mortas em uma estação de trem de Marselha, no sul do país, no último domingo (1º).
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Fontes próximas à investigação disseram à imprensa local que, até agora, não foi encontrada qualquer relação entre o autor do ataque e o EI. A polícia também apura se havia um possível laço entre o agressor e as vítimas, duas primas de 20 e 21 anos. Sequer o caráter terrorista da ação foi confirmado.
O autor do ataque já tinha diversas passagens pela polícia por pequenos delitos, sempre apresentando identidades diferentes. A última delas ocorreu dois dias antes do atentado, em Lyon, onde as primas haviam passado o fim de semana.
Acusado de furtar uma jaqueta em uma loja, ele disse que era um sem-teto e consumidor de "drogas pesadas" e foi liberado pela polícia, após ter apresentado um passaporte tunisiano em nome de Hanachi Ahmed, 30 anos. Os investigadores agora apuram para descobrir se essa era sua real identidade.
O ataque ocorreu na estação Saint-Charles, a principal de Marselha, e testemunhas relataram que o homem gritava "Allahu Akbar" ("Deus é grande" em árabe) enquanto esfaqueava as duas jovens.
Canadá
Em outro caso suspeito de terrorismo no fim de semana, um homem esfaqueou um policial e atropelou quatro pessoas com um caminhão em Edmonton, no Canadá, na fronteira com os Estados Unidos.
O ato ocorreu na noite do último sábado (30), e a polícia encontrou uma bandeira do Estado Islâmico no veículo. Nesta segunda-feira (2), as autoridades divulgaram a identidade do suposto terrorista: o somali Abduhali Hasan Sharif, que tentava obter refúgio no país e foi detido após seu caminhão capotar.
O ataque deixou cinco pessoas feridas. Com informações da ANSA.