O vice-presidente Michel Temer (PMDB) avisou a aliados que, se assumir o Planalto, promoverá mudanças na equipe ministerial e anunciará medidas para mostrar que sua ascensão ao governo não será "transitória". De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a avaliação de pessoas próximas ao peemedebista é que ele tem sido alvo de críticas e desconfianças.

Caso o vice assuma, aliados admitem que Temer terá pouco "tempo de carência", o que o obrigará a demonstrar capacidade num curto período, já que não contará com grande tolerância nem com trégua de setores da oposição. Já nesta semana Temer deu as linhas gerais do que pretende fazer.

Ao deputado Danilo Forte (PSB-CE), que foi recebido pelo vice no Palácio do Jaburu nesta quarta (13), Temer afirmou que pretende enxugar a máquina da administração federal, incluindo redução no número de ministérios e nos 20 mil cargos comissionados.

"Ele falou ainda em fortalecimento de programas sociais, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida", disse o deputado, vice-líder do PSB. Forte, que votará a favor do impeachment de Dilma, garantiu que não houve discussão sobre a participação de sua sigla num eventual governo Temer.

Ontem (13), o parecer do impeachment foi publicado no "Diário da Câmara".