MP cumpre mandados na casa de Rosinha e Garotinho
Objetivo da ação é encontrar possíveis documentos relacionados a esquema que fraudava licitações
© Sergio Moraes
Política Campos
A casa dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho foi alvo de mandado de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (8), no município de Campos dos Goytacazes (RJ).
O objetivo da ação, denominada Operação Caça-Fantasma e cumprida por agentes do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado de Segurança, é encontrar possíveis documentos relacionados a um esquema de fraude, comandado pelo empresário Fernando Trabach Gomes.
De acordo com informações de O Globo, a partir de uma empresa “laranja”, Gomes concorria e vencia licitações públicas em municípios fluminenses, a exemplo de Campos, onde a prefeitura, durante a gestão de Rosinha, chegou a firmar contratos no valor de R$ 17,3 milhões para alugar ambulâncias.
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Fernando Trabach Gomes e mais dois, cujos nomes não foram revelados, tiveram a prisão preventiva decretada. Ao todo, o MP denunciou 11 supostos integrantes da quadrilha por organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica. Garotinho e Rosinha não estão na lista dos réus.
Ao todo, trinta mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã, inclusive na prefeitura de Campos dos Goytacazes. A operação apura ainda contratos assinados com a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e a Polícia Civil.
A assessoria dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho enviou nota à imprensa. Confira o texto na íntegra:
"Os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho informam que a Prefeitura de Campos foi vítima, a exemplo de outras prefeituras e órgãos públicos do estado. Os fornecedores denunciados prestaram serviço, inclusive, para a Polícia Civil do Rio.
Garotinho e Rosinha lembram que nenhum dos dois está entre os denunciados da operação. Portanto, não sendo partes no processo, consideram perseguição política o mandato de busca e apreensão à sua casa, já que, à época dos fatos, a então prefeita Rosinha tomou todas as medidas cabíveis: rescindiu o contrato com a empresa denunciada e reteve recursos que ela tinha receber.
Registre-se ainda que os servidores do MP estadual, depois de realizar as diligências na casa dos ex-governadores em Campos, constataram que não havia “nenhum tipo de documento especificado no competente mandado de busca e apreensão relacionado ao rol de empresas investigadas”.