O executivo da JBS Ricardo Saud, preso na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, disse aos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) que, depois da divulgação dos últimos áudios, foi expulso de casa pela mulher.

A prisão dele foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Saud é suspeito de ter omitido informações durante os depoimentos de colaboração premiada.

Os áudios a que o executivo se refere são gravações de conversas entre ele e o empresário Joesley Batista. Ambos estão tendo as delações revisadas pelo MPF e correm o risco de perder todos benefícios conquistados anteriormente.

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No diálogo, além de tramarem uma aproximação com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, eles também falam em grampear ministros do STF, ironizam políticos e insinuam ter mais provas a serem reveladas.

No entanto, o ponto do material que, segundo Saud, despertou a ira da esposa, foi o que se refere a mulheres, encontros e carros. Com música de axé tocando ao fundo, Saud e Joesley falam sobre casos de infidelidade.

“A gravação foi acidental e em decorrência dela a esposa pôs o depoente para fora de casa”, registra o termo de depoimento do diretor da JBS ao MPF.

De acordo com a Veja, ao longo das investigações que abalaram o governo de Michel Temer, Saud apareceu, em conversas telefônicas, discutindo a necessidade de se casar para que a futura esposa eventualmente pudesse ter um visto americano caso ele e os demais delatores da JBS se mudassem para os Estados Unidos.