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Alckmin diz que irá priorizar Previdência

Pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial garantiu que, caso seja eleito em outubro, enviará no primeiro ano de mandato uma nova proposta de reforma previdenciária

Alckmin diz que irá priorizar Previdência
Notícias ao Minuto Brasil

22:39 - 20/03/18 por Folhapress

Política Plano

Em uma agenda típica de candidato, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez nesta terça-feira (20) promessa eleitoral, dançou forró e ouviu grito de protesto.

Em passagem por Brasília, o pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial garantiu que, caso seja eleito em outubro, enviará no primeiro ano de mandato uma nova proposta de reforma previdenciária.

Sem apoio suficiente na base aliada, o presidente Michel Temer desistiu de votar as mudanças nas aposentadorias, que devem ficar apenas para o próximo presidente.

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Em conversas reservadas, Temer acusa Alckmin de não ter se empenhado suficientemente junto à bancada tucana para votar a iniciativa. Para ele, o tucano evitou se envolver na defesa da proposta com receio de sua impopularidade.

A promessa de Alckmin foi feita após a executiva nacional da sigla ter oficializado seu nome como pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. "Eu tenho convicção de que a reforma tem de ser feita no primeiro ano de mandato. No regime presidencialista, quem for eleito terá mais de 60 milhões de votos.

A legitimidade é muito grande", prometeu.

O tucano criticou a diferença dos valores pagos a trabalhadores do regime privado e do regime público, mas não respondeu se irá defender projeto semelhante ao apresentado pelo presidente.

A equiparação das aposentadorias nos setores público e privado é um dos pilares da reforma em discussão na Câmara dos Deputados.

"Não podemos achar que é correto ter um trabalhador com um teto de R$ 5 mil, média de R$ 1.191 para viver, e o setor público com salários altíssimo pagos pelos de menor renda", disse.

Em entrevista à imprensa na sede do partido, o governador fez uma crítica à política econômica de Temer. Segundo ele, não é natural que o déficit primário do país tenha chegado a R$ 120 bilhões em 2017."Isso é uma questão não resolvida e que precisa ser resolvida rapidamente", cobrou o tucano.

CARTEIRA VAZIA

Antes de comparecer à reunião do partido, Alckmin visitou o Fórum Mundial da Água, evento promovido na capital federal.

No local, propôs pagar um cafezinho para aliados e assessores. Chegou a abrir a carteira, mas ficou livre de pagar a conta ao descobrir que precisava de um cartão específico para o consumo no evento -assessores se encarregaram disso.

Sem cumprir a promessa, visitou estande do Ministério da Integração, que é dedicado à transposição do rio São Francisco, que atravessa a Região Nordeste, na qual o tucano tem enfrentado dificuldade de conseguir apoio eleitoral.

No momento de sua chegada, um forró começou a tocar. Puxado ao meio da dança pelo ministro Helder Barbalho, que já dançava com atores, Alckmin não hesitou e se juntou ao grupo. Sem muita familiaridade com o ritmo, ensaiou passos de dança.

No local, tirou fotos, ganhou abraço de um participante que o chamou de "presidente" e ouviu gritos de "Fora Alckmin".

Além de prometer a reforma previdenciária, o governador afirmou que estuda alteração no rendimento do FGTS. Segundo ele, a ideia é que os recursos passem a ser corrigidos pela inflação somada à TLP (Taxa de Longo Prazo).

Hoje, a valorização do FGTS é baseada na TR (Taxa Referencial). "Nós defendemos que ela não fique mais dessa forma e que sempre o rendimento seja acima da inflação somado ao ganho do período", disse.

O tucano disse ainda não esperar o apoio de Temer à sua candidatura."Se o MDB disse que pretende ter candidato, só se pode fazer coligação com quem não tem candidato", afirmou.

Nesta terça-feira (20), o presidente reconheceu pela primeira vez a possibilidade de disputar a reeleição.

Para Alckmin, é "legítimo" que ele tente um novo mandato.

"O MDB é um partido grande e importante e ter um candidato é legitimo", disse.

Alckmin afirmou ainda não ver problema em fazer campanha simultaneamente para os pré-candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo. Ele elogiou o atual vice-governador e disse que sua pré-candidatura é "importante".

Para o tucano, seria uma honra ter o apoio do PSB ao seu nome na disputa presidencial."Nós teremos vários candidatos em São Paulo. Eu ficarei muito honrado com o apoio do Márcio França, uma candidatura importante. E a candidatura do meu partido é a do João Doria", disse. Com informações da Folhapress. 

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