Márcia sofreu preconceito por ser negra e de comunidade, diz Crivella
Assessora do prefeito do Rio ficou conhecida após ele pedir a líderes evangélicos que procurassem pela Márcia para encaminhar as suas demandas
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Política Rio
O prefeito Marcelo Crivella se pronunciou em defesa da servidora Márcia Pereira da Rosa Nunes, a assessora que ficou conhecida por ser indicada por ele para receber pedidos de cirurgias e outras demandas de pastores da Igreja Universal. Segundo ele, Márcia foi vítima de preconceito por ser uma mulher negra e de comunidade.
“Eu quero dizer que o preconceito que foi feito contra Márcia, é porque ela é uma mulher negra e de comunidade. Se fosse talvez uma defensora pública que morasse Ipanema, não teriam feito o que fizeram", afirmou o prefeito em evento nesta terça-feira (24).
Esta foi a primeira vez que Crivella falou com jornalistas desde o vazamento de vídeos e áudios de reunião com religiosos no Palácio da Cidade, em 4 de julho, que culminou em um pedido de impeachment contra o prefeito.
O político disse ainda que Márcia "é uma servidora exemplar". "Não perguntem somente a mim, perguntem a todos que trabalhem com ela, vocês vão ver".
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Como Márcia ficou conhecida
Crivella disse a líderes evangélicos em reunião fora da agenda que falassem com a Márcia sobre as suas demandas: "É só conversar com a Márcia, que ela vai anotar, vai encaminhar." "Se os irmãos tiverem alguém na igreja com problema de catarata, se os irmãos conhecerem alguém, por favor falem com a Márcia”, completou.
No encontro, o prefeito também prometeu facilitar o processo de isenção do IPTU a igrejas, além de melhorias no entorno. "Vamos aproveitar esse tempo que nós estamos na prefeitura para arrumar nossas igrejas", disse na ocasião.