A presidente Dilma

Rousseff

se encontrou com jornalistas em Nova York na tarde desta sexta-feira (22) para uma entrevista coletiva. A

petista

comentou sobre as pedaladas fiscais, que estão no centro no pedido de afastamento.

"Eu nunca recebi dinheiro para me beneficiar", se defendeu. Depois, foi enfática ao dizer: "sabe por que eles têm medo de serem chamados de golpistas? Porque são. Me dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira".

"Eu me julgo uma vítima e estou sendo injustiçada. E sou presidente da República. Isso é muito grave. Se há injustiça contra o presidente da República, se eu me sinto vítima de um processo ilegal, golpista e conspirador, o que dizer da população do Brasil quando seus direitos forem afetados? A garantia do meu direito não é garantia minha pessoal. É a garantia de que no Brasil a lei vai se sobrepor a qualquer interesse pessoal ou político. E a lei é clara. A lei e a Constituição. A lei diz: o impeachment é previsto na nossa Constituição, mas diz que para ter impeachment tem de haver crime de responsabilidade", completou Dilma.

"Quem assumirá os destinos do País? Pessoas ilegítimas, pessoas que não tiveram um voto para presidente da República? Pessoas que têm na sua trajetória acusação de lavagem de dinheiro, de conta no exterior, de processo de corrupção?", perguntou a presidente. Questionada do motivo pelo qual não usou a palavra "golpe" em seu discurso na ONU, ela respondeu que não está nos Estados Unidos para falar mal do Brasil. "Vocês têm que ter orgulho de que nós tivemos um papel decisivo para que esse acordo fosse assinado hoje", ponderou. O discurso de Dilma foi considerado como sendo de bom senso por Cássio Cunha Linha, líder do PSDB no Senado.

A presidente ainda reiterou que

"tem que ser me dado o direito de cumprir meu mandato". Dilma também aproveitou para falar sobre como o processo tem afetado a família, Emocionada, ela declarou:

"eles estão sofrendo muito".