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Polícia investiga se agente federal tentou atirar contra PM antes de ser morto no Rio

O caso aconteceu na noite de domingo (17) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense

Polícia investiga se agente federal tentou atirar contra PM antes de ser morto no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

05:50 - 19/12/23 por Folhapress

Justiça POLÍCIA-RIO

(FOLHAPRESS) - Peritos da Polícia Civil concluíram nesta segunda-feira (18) que o policial federal Francisco Elionezimo Braga Oliveira, 38, morto por um policial militar em um quiosque no Rio de Janeiro, tentou atirar no agente, mas a arma falhou.

O caso aconteceu na noite de domingo (17) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.

A Polícia Militar afirma que o agente federal ameaçou o PM com a arma na mão. O policial que teria sido ameaçado atirou e acertou a vítima. A Corregedoria da corporação foi acionada.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. Nesta segunda, a arma usada por Francisco, uma pistola Glock calibre nove milímetros, foi encontrada pelos policiais com duas balas ficaram alojadas no cano de saída, uma sobreposta à outra. A perícia apontou que a arma teve uma pane mecânica, o que teria impedido o tiro.

Equipes da delegacia e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) voltaram ao quiosque na tarde desta segunda com o auxílio de detector de metais e cão farejador. Os agentes ficaram no local por cerca de duas horas, mas nada foi encontrado.

Segundo a Polícia Civil, os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos. A arma usada pelo PM, que admitiu ser o responsável pelo tiro que atingiu Francisco, foi apreendida.
Imagens de câmeras de segurança do quiosque e dos coletes dos policiais militares estão sendo analisadas.

No momento do crime, a vítima estava acompanhada de duas mulheres que teriam tentando interferir durante a confusão. Uma delas foi baleada nas nádegas. Ela foi levada para o hospital, e já recebeu alta.

A delegacia também apura as circunstâncias do tiro que atingiu a mulher. A informação inicial recebida pelos investigadores é a de que ela teria sido ferida pelo mesmo tiro que matou o agente federal.

Testemunhas contaram à polícia que Francisco estaria causando tumulto no bar e teria mostrado que estava armado.

Segundo informações da Polícia Militar, uma equipe do 31º batalhão, localizado no Recreio dos Bandeirantes, foi acionada porque um homem estaria armado e ameaçando as pessoas que estavam no quiosque.

Ao chegar no local, os militares encontraram o policial federal com arma em punho e fazendo ameaças. Ainda segundo a Polícia Militar, ao tentar dialogar com o policial federal, o PM teria levado um tapa no rosto.

O velório de Francisco Elionezio Braga Oliveira está marcado para esta terça-feira (19), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na região central do Rio.

O policial federal era casado e pai de três crianças. Ele foi recentemente condecorado após salvar uma menina de 7 anos que se engasgou em um restaurante em Brasília, em outubro.

O agente era lotado no Grupo de Pronta Intervenção, da Polícia Federal, desde 2022. Antes, trabalhou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes e na Superintendência da Polícia Federal em Roraima. Ele entrou na PF em 2013.

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