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Escolas do antigo ensino supletivo perdem 100 mil alunos por ano

Baixo investimento das secretarias de educação na área seria um dos fatores

Escolas do antigo ensino supletivo 
perdem 100 mil alunos por ano
Notícias ao Minuto Brasil

15:20 - 29/08/16 por Folhapress

Brasil Pesquisa

Ao mesmo tempo em que o Brasil pena para reduzir sua taxa de analfabetismo, de 8,3%, as matrículas nas escolas de Educação de Jovens e Adultos só caem.A continuidade dos estudos na chamada EJA, o antigo supletivo, é apontada por especialistas como fundamental para consolidar o aprendizado em cursos de alfabetização.

Mas, desde 2007, a modalidade perde mais de 100 mil alunos por ano. Segundo o censo do Ministério da Educação, o número de matriculados caiu 32% de 2007 até 2015 -de 4,9 milhões para 3,9 milhões.

Para Roberto Catelli., da ONG Ação Educativa, a queda se deve a diversos fatores: a inadequação das escolas, que precisariam ter metodologia e grade horária mais adequada ao público adulto; fatores externos, como problemas de saúde e jornadas de trabalho muito intensas; e o baixo investimento das secretarias de educação na área.

"Investir na educação de adulto não dá voto", concorda Rita de Cássia Lima Alves, da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos. Para ela, reforçar a modalidade é a única saída para combater de fato o analfabetismo, já que cursos como os oferecidos pelo Brasil Alfabetizado são em sua avaliação curtos (8 meses) e muitas vezes não são ministrados por professores com treinamento adequado.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o Ministério da Educação interrompeu o programa, ao bloquear o cadastro de novos alunos em junho. Desde antes, porém, deficiências na iniciativa já eram apontadas.

"O país precisa repensar os programas de alfabetização e construir uma política consistente para a EJA", diz Alessio Costa Lima, presidente da Undime (associação dos secretários municipais de educação). Com informações da Folhapress.

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