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Prefeitura de SP inicia acolhimento na cracolândia

Dependentes serão encaminhados ao Centro Temporário de Acolhimento (CTA), na região do Brás, e no Complexo Prates, na Luz

Prefeitura de SP inicia acolhimento na cracolândia
Notícias ao Minuto Brasil

18:14 - 21/05/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil Ação

Com o fim da megaoperação policial que cumpriu na madrugada e manhã deste domingo (21) 28 mandados judiciais contra traficantes que atuavam na região da cracolândia, a Prefeitura de São Paulo passou a ter condições de realizar os trabalhos de acolhimento e tratamento aos dependentes químicos, assistência às pessoas em situação de rua e reurbanização da região.

+ Doria diz que 'cracolândia acabou', mas usuários de drogas persistem

O acolhimento dos dependentes e moradores em situação de rua foi iniciado já neste domingo (21). Eles serão encaminhados ao Centro Temporário de Acolhimento (CTA), na região do Brás, e no Complexo Prates, na Luz, mais próximo à região onde ficava a cracolândia.

“A ação da polícia teve um planejamento exemplar, foi muito bem coordenada”, disse o prefeito João Doria. “À diferença do passado, fizemos uma ação conjunta, um trabalho integrado, planejado entre estado e município que compreende quatro ações", completou.

Segundo o prefeito, a primeira ação foi a policial, focada na prisão de traficantes e realizada na megaoperação que envolveu mais de 900 homens das policias Civil e Militar. “A segunda ação é a de acolhimento (e atendimento de saúde) dos dependentes, a terceira, de acolhimento de moradores de rua que não são dependentes e a quarta, de reurbanização do local.” A guarda civil dará segurança.

As ações sociais e de saúde e o programa de reurbanização são o tripé do Programa Redenção, que será realizado em parceria com o Governo de São Paulo.

Durante a visita deste domingo, em que esteve acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin, Doria frisou a importância do planejamento conjunto realizado com o Governo do Estado.

“Conforme disse o governador, nós não vamos conseguir acabar com um problema histórico, mas reduzi-lo sensivelmente”, afirmou o prefeito, referindo-se ao consumo do crack. ”E acabar com o shopping center ao ar livre vendendo drogas 24 horas por dia para dependentes de outras áreas. Este verdadeiro shopping ao ar livre acabou.”

Reurbanização

O processo de urbanização será composto por um programa de utilização dos espaços públicos, construção de moradias populares e investimentos privados. Será tocado paralelamente com os trabalhos de assistência social e saúde aos dependentes químicos.

Por isso que neste domingo, além do acolhimento às pessoas, foi iniciada a demolição dos imóveis abandonados que eram usados para o consumo de drogas. Os prédios habitados somente passarão pelo processo após o cadastramento e o atendimento social dos moradores. Os imóveis privados serão desapropriados judicialmente em processos que preveem o pagamento de indenizações.

Após o processo de demolições, serão construídas habitações de interesse social, uma creche, uma escola pública e um CEU. “Tudo será feito dentro da PPP da Habitação, em parceria com o Governo do Estado”, explicou o secretário de Serviços e Obras, Marcos Penido (confira entrevista do secretário em vídeo).

Neste primeiro momento, a região onde haverá as obras será cercada por tapumes e ocupada. A meta é evitar que o movimento de dependentes seja restabelecido na região.

"Por isso, o trabalho social será reforçado", explicou o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará (confira a entrevista neste vídeo). Um dos objetivos do trabalho social é conseguir empregos aos dependentes químicos por meio do programa Trabalho Novo.

Conforme o programa Redenção, os dependentes terão acesso a uma cesta com várias abordagens terapêuticas. A ideia é que cada um deles seja avaliado individualmente, para que sejam encaminhados à abordagem terapêutica mais indicada, em acordo com seu histórico pessoal.

Para os que precisam ser internados, serão disponibilizados 276 leitos hospitalares. Os que podem ser tratados fora do regime de internação serão atendidos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), para que sejam reabilitados e possam integrar o programa Trabalho Novo. Com informações da Secretaria Especial de Comunicação.

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