Iraque executa cinco detidos após devastador ataque em Bagdá
O ministro quer que as família que perderam parentes nos atentados saibam que o governo está punindo "aqueles cujas mãos estão cheias com o sangue dos iraquianos"
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Mundo Ministério
O Ministério da Justiça iraquiano anunciou nesta segunda-feira (4) a execução de cinco condenados à morte, relacionando esta decisão com o ataque suicida de Bagdá no domingo (3) que matou mais de 150 pessoas.
"Anunciamos a aplicação da pena de morte esta manhã contra cinco prisioneiros", referiu o ministério em comunicado, sem especificar os crimes que deram origem à decisão.
No comunicado, o ministério afirma pretender que as famílias em luto "saibam que os seus irmãos no Ministério da Justiça continuam aplicando a punição justa àqueles cujas mãos estão cheias com o sangue dos iraquianos".
O ministério também manifesta as suas condolências às famílias das vítimas.
Um ataque bombista suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) atingiu, na manhã de domingo, uma zona comercial muito movimentada e provocu mais de 150 mortos, um dos mais mortíferos ataques dos jihadistas sunitas no Iraque e numa zona de maioria de população xiita.
A Jordânia respondeu da mesma forma em 2015, ao executar dois prisioneiros 'jihadistas' após o EI ter queimado vivo um dos seus pilotos depois de um avião ter sido derrubado na Síria.
O anúncio de Bagdá motivou uma nota da Amnistia Internacional, onde a ONG de direitos humanos refere que as execuções não devem ser usadas "como uma ferramenta de vingança".
Em 2014, o EI passou a controlar vastas zonas a norte e oeste de Bagdá, mas desde então tem perdido terreno face à ofensiva das forças iraquianas e internacionais, com um balanço de centenas de mortos e milhares de refugiados, na maioria civis.