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Relatório revela abusos em centro de detenção de imigrantes da Austrália

Os "relatórios de incidentes" agora conhecidos foram escritos entre maio de 2013 e outubro de 2015 por empregados das empresas que administram os locais

Relatório revela abusos em centro de detenção
de imigrantes da Austrália
Notícias ao Minuto Brasil

05:30 - 10/08/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Nauru

Mais de 2.000 relatórios revelam abusos e traumas em crianças e mulheres no centro para imigrantes que a Austrália estabeleceu junto à vizinha república de Nauru, informou nesta quarta-feira (10) o jornal The Guardian.

Os documentos relatam agressões sexuais e ameaças contra mulheres, entre outros maus-tratos, e confirmam as denúncias das organizações de defesa dos Direitos Humanos sobre a banalidade da violência, incluindo autoagressões.

A Austrália reativou, em 2012, a sua política para a tramitação em países terceiros dos pedidos de imigrantes que viajam para o país em busca de asilo e acordou a abertura de centros de detenção na Papua Nova Guiné e Nauru.

As empresas que gerem as instalações, segurança e outros serviços estão obrigadas por contrato a reportar os incidentes registrados nos centros.

Os "relatórios de incidentes" agora conhecidos foram escritos entre maio de 2013 e outubro de 2015 por empregados das empresas que administram os centros.

Os documentos descrevem várias agressões sexuais, em especial contra jovens detidas, perpetradas por guardas, outros detidos ou cidadãos locais.

Mais de uma centena de relatórios, segundo a fonte, descrevem casos de automutilações entre os detidos, incluindo tentativas de suicídio.

Num relatório recente, a Human Right Watch (HRW) e a Amnistia Internacional (AI) denunciaram que cerca de 1.200 requerentes de asilo, incluindo mulheres e crianças, que foram transferidos pela Austrália para Nauru são vítimas de abusos graves, maus tratos e negligência.

Muitos dos imigrantes que as autoridades australianas interceptam fugiram de conflitos como os de Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria e outros escaparam da discriminação ou da condição de apátridas, como as minorias rohinya, da Birmânia, ou bidun, da região do Golfo.

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