Apenas 8,4% dos denunciados na Lava Jato continuam presos
Desde março de 2014, quando teve início a investida contra crimes de corrupção, 79 pessoas foram detidas
© Rodolfo Buhrer / Reuters
Política Investigação
Apenas 8,4% dos denunciados na Lava Jato continuam presos, o que significa 22 pessoas. Destas, mais da metade já foi condenada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância. Os números foram divulgados pela força-tarefa da operação, nesta quarta-feira (25).
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, também há casos de presos preventivamente que ainda não foram condenados, a exemplo do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Desde março de 2014, quando teve início a investida contra crimes de corrupção, 79 foram presos, mas boa parte acabou sendo libertada, pois o juiz considerou que a soltura não representava risco à ordem pública.
Muitos, porém, permanecem usando tornozeleiras eletrônicas ou estão impedidos de deixar o país. A força-tarefa já denunciou 260 pessoas, em cerca de 50 ações penais.
Para os procuradores, é uma demonstração de que as prisões são usadas de forma "excepcional e parcimoniosa".
Quem continua preso:
Adir Assad - empresário apontado como operador do esquema - condenado
André Vargas - ex-deputado federal pelo PT - condenado
Antonio Palocci Filho - ex-ministro da Casa Civil
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda - assessor de Sérgio Cabral
Eduardo Cunha - ex-presidente da Câmara
Eduardo Aparecido Meira - apontado como operador do esquema
Flávio Macedo - apontado como operador do esquema
Gim Argello - ex-senador - condenado
João Cláudio Genu - ex-assessor do deputado José Janene - condenado
João Vaccari Neto - ex-tesoureiro do PT - condenado
Jorge Zelada - ex-diretor da Petrobras - condenado
José Augusto Rezende Henriques - apontado como operador do esquema - condenado
José Dirceu - ex-ministro da Casa Civil - condenado
Leo Pinheiro - sócio da OAS - condenado
Luiz Argôlo - ex-deputado federal pelo PP - condenado
Marcelo Odebrecht - sócio da Odebrecht - condenado
Paulo Adalberto Alves Ferreira - ex-tesoureiro do PT
Pedro Corrêa - ex-deputado pelo PP - condenado
Renato Duque - ex-diretor da Petrobras - condenado
Rodrigo Tacla Duran - advogado apontado como operador do esquema
Sérgio Cabral - ex-governador do Rio
Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho - assessor de Sérgio Cabral
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