O Facebook está atravessando uma das fases mais complicadas desde a criação da rede social, em 2004. Cerca de duas semanas após ter sido revelado o escândalo Cambridge Analytica, a empresa enfrenta uma desvalorização de mais de 13%.

O motivo é o uso de dados da rede social de forma indevida por terceiros. Apesar de ter demorado alguns dias para se manifestar sobre o assunto, Mark Zuckerberg admitiu que houve falhas da parte do Facebook.

+ UE dá prazo para resposta do Facebook sobre uso de dados

As autoridades britãnicas pediram queZuckerberg, ou outros gestores de relevância dentro da empresa, fossem ouvidos no âmbito deste caso perante um comitê parlamentar criado para se debruçar sobre esta matéria. Segundo a Reuters, Zuckerberg não irá ao Reino Unido. Em seu lugar deve estar Mike Schroepfer, do departamento de tecnologia, e Chris Cox, responsável na área de produto.

Entenda o caso

A Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria, conseguiu, a partir da autorização de 270 mil usuários, recolher dados de milhões de pessoas inscritas no Facebook. Estes dados podem ter sido usados para divulgar propaganda na altura das eleições norte-americanas, mas, também, durante a campanha do referendo do Brexit.

O escândalo sobre a forma como o Facebook lida com a informação dos usuários colocou a empresa perante uma pressão maior. Na Internet propagou-se o movimento #DeleteFacebook, para que as pessoas apagassem suas contas e deixassem de usar a rede social. Além da desvalorização perante investidores, o Facebook enfrenta também uma maior pressão para ser regulado.