Com o curta "Trabalho Interno", o paulista Leo Matsuda conseguiu atingir dois grandes reconhecimentos de uma vez só: ele se tornou o primeiro brasileiro a dirigir um filme da Disney e foi escolhido entre os pré-selecionados ao Oscar de Melhor Curta-metragem de Animação em 2017. A lista definitiva com cinco candidatos será divulgada em 24 de janeiro.

"Estou muito honrado com essa oportunidade. [Ser pré-indicado ao Oscar] me deixou muito feliz. Mas o processo todo foi o que me deixou mais contente. A produção de um curta é bem similar à de um longa-metragem. A gente encontra os mesmos desafios. E tudo isso pelo que a gente passou, pra mim, já é o prêmio", comemora Leo, em entrevista ao Correio Braziliense.

O curta, que será lançado no Brasil em 5 de janeiro junto ao longa "Moana", mostra o desafio de conciliar dois impulsos do corpo: razão e emoção. Cérebro e coração protagonizam um embate no corpo do personagem Paul no filme de seis minutos de duração.

O animador afirma que se inspirou na própria vida para criar a história. "Eu nasci nos anos 80 e, como a gente não tinha internet, vivia muito baseado nos livros. Naquela época existia a [enciclopédia] Barsa, que era o meu universo. Quando eu a lia, achava fascinante ver como o corpo humano trabalha. É uma imagem que eu sempre tive e, por isso, sempre quis contar essa história”, afirma.

Formado em Animação de Personagens pelo Instituto de Artes da Califórnia, o paulista foi contratado pelo Disney em 2008. Atualmente, ele trabalha nas continuações de "Detona Ralph" e "Frozen".

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