Baixo rendimento escolar pode ser indício de problemas neurológicos
Para muitos pais e professores, problemas neurológicos podem ser solucionados apenas com empenho e disciplina por parte da criança
© iStock
Lifestyle Estudo
Neste período de volta às aulas, neuropediatra do HCor discute como identificar distúrbios, cujo o tratamento pode contribuir bastante com o desempenho de crianças e adolescentes já a partir deste segundo semestre do ano letivo
Dificuldade de concentração, hiperatividade ou verdadeiros bloqueios na hora de aprender. Para muitos pais e professores, problemas como esses podem ser solucionados apenas com empenho e disciplina por parte da criança. Contudo, nem sempre todos esses fatores são gerados apenas por preguiça, prazer em fazer bagunça ou falta de interesse nas aulas. “Alguns desses comportamentos podem estar associados com doenças neurológicas que prejudicam o desempenho escolar e trazem prejuízos à vida adulta, caso não sejam tratadas no momento mais adequado; isto é o mais precocemente possível”, afirma a Dra Maristela Costa, neuropediatra do HCor – Hospital do Coração.
Segundo a Dra Maristela, os problemas neurológicos mais comuns entre crianças e adolescentes na escola são: dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, déficit de processamento auditivo e as chamadas discalculias – que interferem na capacidade de calcular e no raciocínio lógico da criança. “Cada um desses distúrbios aparece em diferentes intensidades. Quanto mais sutis, mais difíceis de ser identificados. Porém, com a devida orientação, pais e professores podem aprender a detectá-los para, então, submeter as crianças a tratamentos que podem contribuir bastante com o seu desempenho escolar já a partir deste segundo semestre do ano letivo”, afirma a neuropediatra do HCor.
"Vale lembrar que, além de ajudar o desenvolvimento destes jovens estudantes, essa medida evita que eles sejam estigmatizados. Afinal, quando uma criança tem problemas de comportamento ou dificuldades para aprender, ela geralmente ouve que é burra, preguiçosa, desleixada ou que não leva jeito para os estudos. Afirmações como essas podem ser carregadas pela vida inteira e gerar uma série de limitações”, alerta a Dra Maristela.
Para auxiliar a detecção das doenças que afetam a capacidade de aprender, a neuropediatra do HCor revela como são e quais os sintomas de cada um destes distúrbios. Confira na galeria acima: