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Lula nunca cogitou substituir candidatura, diz advogado

Um dos responsáveis pela defesa do ex-presidente na esfera eleitoral, Luiz Fernando Casagrande Pereira afirma que imbróglio sobre registro de petista pode continuar até depois das eleições 2018

Lula nunca cogitou substituir candidatura, diz advogado
Notícias ao Minuto Brasil

10:25 - 26/07/18 por Estadao Conteudo

Política Eleições

Em entrevista à TV Estadão, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, um dos responsáveis pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na esfera eleitoral, disse que o petista nunca fez sequer uma pergunta sobre a possibilidade de substituição do candidato do partido à Presidência.

Segundo ele, existe a possibilidade de o imbróglio se estender até depois da eleição. "A não ser que ele disfarce muito bem, estou convencido de que a posição dele é clara de não só registrar a candidatura como de ir até o final. Ele nunca fez nenhuma pergunta sobre a substituição. Para mim ele nunca cogitou. Nestas interlocuções que tive nunca fiquei com dúvida em relação ao propósito dele", disse.

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Na última semana, depois que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, negou ação do Movimento Brasil Livre (MBL) para antecipar a impugnação da candidatura de Lula, cresceu em setores do PT a impressão de que o ex-presidente não está disposto a indicar substituto e pode esticar a corda apara além da Justiça Eleitoral, levando o caso para o STF. Isso provocaria a inédita situação de um candidato a presidente preso, criando um cenário eleitoral de ainda mais dúvidas e instabilidade.

Segundo Pereira, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida barrar Lula com base na Lei da Ficha Limpa, o PT terá uma encruzilhada no dia 17 de setembro, quando termina o prazo para a troca de candidatos à Presidência.

Até essa data o partido vai ter que escolher entre substituir Lula ou recorrer ao STF. Na segunda hipótese, existe chance legal de o nome do petista, líder nas pesquisas, figurar nas urnas eletrônicas, mesmo preso. Em caso de vitória, a eleição estaria sub judice até a diplomação.

"Ele pode invocar o direito de ter o nome na urna como estes 145 prefeitos (que tiveram registros negados em 2016 mas conseguiram se eleger) e se ganhar a eleição até a diplomação, que só deve ocorrer em meados de dezembro, ele pode reverter a condenação", disse o advogado.

Interlocutores dizem que Lula fica irritado quando confrontado com o assunto. Foi o que aconteceu em recente conversa com dirigentes do PCdoB. Eles falaram sob a necessidade de Lula ser candidato e a impaciência do mundo político. Lula respondeu de forma ríspida, questionando se os aliados queriam legitimar uma eleição sem ele. "Essa discussão vai se estender, a não ser que o ex-presidente Lula recue, até o dia anterior à diplomação", disse Pereira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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