Ida do homem a Marte estaria nas mãos de Trump
O setor espacial tem aguardado com tensão os planos do presidente eleito dos EUA para definir o futuro da Nasa
© Reprodução / Nasa
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Na astronomia, o ano de 2016 foi marcado pelo desejo do homem de conquistar Marte. Obama já declarou que pretende realizar uma missão de ida e volta para o planeta vermelho até 2030. Agora, todos os olhos estão voltados para Donald Trump, já que sua candidatura gera dúvidas sobre o futuro da exploração espacial.
Segundo John Logsdon, do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, uma viagem para Marte “depende de quão rápido o esforço internacional para voltar à Lua pode ser organizado, de quanto dinheiro os Estados Unidos gastam com isso e do orçamento da Nasa”.
Até o momento, esses fatores são desconhecidos, por isso, para saber se o futuro haverá cooperação ou concorrência, o setor espacial tem aguardado com tensão os planos do presidente eleito dos EUA.
Durante um comício na Flórida, em outubro, Trump afirmou que desejava “libertar a Nasa de servir principalmente como uma agência de logística para as atividades de órbita baixa”.
Segundo o jornal Gazeta do Povo, os programas citados incluem satélites de observação da Terra, o Telescópio Hubble e a Estação Espacial Internacional (ISS).
Em possível alusão a exploração marciana, completou Trump: “Os Estados Unidos vão liderar o caminho para as estrelas”.
Poderia ser um nova corrida espacial? Um documento do Instituto Europeu de Políticas Espaciais diz que "a tendência atual é que as nações que operam no espaço fortaleçam e aumentem a autonomia nacional para ter sucesso no espaço".
No entanto, observadores acreditam que não há uma corrida tal como aconteceu durante a Guerra Fria entre Estados Unidos e a União Soviética.
Atualmente, a ciência tem sido marcada pela cooperação espacial. Ainda de acordo com o jornal, um dos pontos fortes dessa colaboração foi a Estação Espacial Internacional, criada em conjunto pelos Estados Unidos, Europa, Rússia, Japão e Canadá. A missão está habitada desde 2000.
“Os projetos espaciais internacionais colaborativos são, por natureza, compromissos de longo prazo”, afirma Sa’id Mosteshar, diretora do Instituto de Política e Direito Espacial de Londres. “Se no meio de um projeto surgem diferenças políticas entre os países envolvidos, é difícil parar a experiência em curso ou outra atividade”, completa.
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