Veja: forças sírias são acusadas de ataque químico em Aleppo
Gás cloro foi libertado na cidade e teria provocado ferimentos a dezenas de pessoas, entre as quais crianças
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Mundo Síria
Os rebeles sírios acusaram as forças do governo de provocar, nesta terça-feira (06), mais um ataque químico em Aleppo.
O regime de Assad é acusado de ter libertado barris de gás cloro, causando ferimentos a mais de 70 pessoas.
A denúncia foi feita por ativistas da Syrian American Medical Society (SAMS), uma organização humanitária que atua no país, e reforçada por um relatório médico divulgado por um hospital da cidade. Também o Observatório sírio dos Direitos Humanos responsabiliza as forças governamentais.
O vídeo tornado público pela SAMS mostra crianças e adultos em dificuldades, após terem respirado o ar contaminado. O gás cloro causa dificuldades respiratórias, vómitos, náuseas e queimaduras. Em altas concentrações, pode ser fatal.
Another reported use of chlorine gas in besieged eastern #Aleppo City. Casualties include many children. pic.twitter.com/HTQ2jcL0kJ
— SAMS (@sams_usa) 6 de setembro de 2016
Já o relatório médico comprova que deram entrada no hospital 71 pessoas com dificuldades em respirar e tosse seca. As roupas cheiravam, segundo reporta o The Guardian, a cloro.
Entre os feridos encontram-se 37 crianças, de acordo com dados do relatório, que indica que dez pacientes estão nos cuidados intensivos. Há registro de um morto.
Esta não é a primeira vez que rebeldes e regime sírio se acusam mutuamente de provocar ataques químicos. Apesar de ambas as partes o negarem, as Nações Unidas comprovaram no final de agosto que o governo foi responsável por dois ataques realizados em 2014 e 2015. O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu, contudo, chegar a acordo sobre a possibilidade de imporem sanções.