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Bombeiros retomam buscas por 3ª vítima de desabamento de ciclovia

Batizada de Tim Maia, a ciclovia fica entre a pista da avenida Niemeyer e um penhasco, acima do mar. Faz a conexão entre a praia do Leblon e a orla do bairro de São Conrado, ambos na zona sul da cidade

Bombeiros retomam buscas por 3ª vítima de desabamento de ciclovia
Notícias ao Minuto Brasil

09:08 - 22/04/16 por Folhapress

Brasil Tim Maia

O Corpo de Bombeiros retomou por volta das 6h desta sexta-feira (22) as buscas por uma possível 3ª vítima do desabamento de um trecho da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, na zona sul do Rio.Duas pessoas morreram, mas os bombeiros trabalham com a possibilidade de ter mais algum corpo no mar.Os bombeiros encerraram as buscas na noite de quinta (21), pois não era possível o trabalho de mergulhadores.

O Corpo de Bombeiros disse que no fundo da encosta há grutas e algum corpo pode ter ficado encaixado. Um dos mortos foi identificado como Eduardo Marinho de Albuquerque, 54. Ele estaria correndo na ciclovia no momento do acidente.

Batizada de Tim Maia, a ciclovia fica entre a pista da avenida Niemeyer e um penhasco, acima do mar. Faz a conexão entre a praia do Leblon e a orla do bairro de São Conrado, ambos na zona sul da cidade.

Em nota, o prefeito Eduardo Paes lamentou o acidente na ciclovia. "É imperdoável o que aconteceu, já determinei a apuração imediata dos fatos e estou voltando para o Brasil para acompanhar de perto", disse o prefeito.Paes está na Grécia e cancelou sua participação da cerimônia da tocha olímpica para voltar ao Rio.A ciclovia foi inaugurada em 17 de janeiro passado.

O trecho que desabou tem cerca de 50 metros. A ideia da prefeitura é ligar o centro da cidade a Grumari, na zona oeste, por ciclovias que beiram a orla até a Olimpíada, em agosto."Não morri por quinze segundos", disse o consultor Guilherme Miranda, 42, após o desabamento. Morador de São Conrado, ele costuma usar a ciclovia para ir ao trabalho desde a inauguração.

Nesta quinta, ele tinha acabado de sair do trecho quando viu a queda da estrutura. "Vi três pessoas caindo em direção ao mar", contou.A ciclovia da Niemeyer foi construída a um custo de R$ 44,7 milhões. Com 3,9 km, o trecho veio somar aos 435 km de malha de ciclovias que o Rio tinha até então. A gestão Eduardo Paes (PMDB) quer chegar a 450 km até os Jogos.Para efeito de comparação, em São Paulo o prefeito Fernando Haddad (PT) tem a meta de construir 400 km até o fim deste ano -hoje, a cidade conta com 374 km.

APURAÇÃO

O secretário municipal obras da Prefeitura do Rio, Alexandre Pinto da Silva, disse que não é possível afirmar ainda se houve erro de projeto. "Na verdade, toda ressaca é prevista, mas temos que ver as condições do local e investigar as causas do acidente", disse Silva.O secretário reconheceu que ressacas como esta são frequentes naquele trecho e que este tipo de impacto "tem que ser previsto". Ele disse que a obra teve o aval da Geo-Rio, órgão da Secretaria Municipal de Obras responsável pela contenção de encostas.

O secretário de Governo da prefeitura, Pedro Paulo Carvalho, também falou sobre a ressaca muito forte. "É um desastre inaceitável. Foi fruto de uma ressaca forte, uma onda que pegou de baixo para cima".Em seguida, Carvalho afirmou que ainda é necessária uma perícia para determinar as causas do acidente. "Precisamos de uma avaliação para que tenhamos a informação correta do que causou [o desabamento]. Tudo o que falarmos agora é especulação", disse. Com informações da Folhapress.

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