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Não há razão para alarme com aumento dos casos de caxumba no RJ

Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde e Martins informa que “o Ministério da Saúde está avaliando a situação junto às secretarias

Não há razão para alarme com aumento dos casos de caxumba no RJ
Notícias ao Minuto Brasil

13:37 - 11/07/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Brasil Médico

É sempre indesejável que isso ocorra, mas não vejo motivo para tanta celeuma, até porque o que está acontecendo aqui não é privilégio do Brasil”.

Segundo o médico, o que está ocorrendo agora no Brasil já foi verificado na Europa e nos Estados Unidos: “A vacina de caxumba, dentro da tríplice viral, que é sarampo, caxumba e rubéola, é a que mais tem falhas vacinais. Isso é sabido. Não é uma coisa nova. Muitos surtos já foram investigados nos Estados Unidos e na Europa”.

O pesquisador explica que estudos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos indicam que a eficácia da primeira dose da vacina contra a doença varia de73% a 91%, aumentando para a faixa entre 79% e 95% na segunda dose. Ele diz que, como naquele país a notificação da doença é obrigatória, o que não ocorre no Brasil, os números refletem a realidade. Depois que se utilizou a vacina de caxumba em larga escala nos Estados Unidos, o número de casos caiu: “Lá a caxumba é de notificação obrigatória e fica fácil verificar, aqui entre nós, os registros são falhos, até porque não tem notificação obrigatória”.

De acordo com o consultor científico de Bio-Manguinhos, os percentuais comprovam que, mesmo com as duas doses, não há proteção completa. No entanto, chama a atenção que, apesar das falhas vacinais e dos surtos que ocorrem, a eficácia da vacina foi comprovada nos Estados Unidos.
“Comparando os casos de caxumba antes e depois da introdução da vacina, o número caiu de uma maneira muito acentuada. Não se consegue eliminar a doença. Há falhas vacinais, mas, no cômputo geral, é uma vacina bastante efetiva contra a caxumba”, ressalta o pediatra.

Segundo Reinaldo Menezes, a notificação não é obrigatória no Brasil porque, comparada a outras doenças, a caxumba é uma infecção relativamente benigna, que até pode causar meningite, mas na maioria dos casos não deixa sequelas. Além disso, há outras doenças que podem provocar inflamação da glândula parótida, que fica embaixo da orelha e, em alguns casos, é um dos sintomas da caxumba: “Nem toda caxumba incha a parótida. Isso é um problema e também há inflamação da parótida que não é causada pelo vírus da caxumba”.

O pesquisador destaca ainda que a segunda dose da vacina faz falta. Inicialmente, a indicação no Brasil era de aplicação da tríplice viral em crianças com até 12 meses e a segunda dose entre quatro e cinco anos de idade, mas como se verificou que nesta segunda faixa etária a cobertura vacinal era muito baixa, o prazo foi alterado para 15 meses na segunda dose. “Aproximamos para melhorar a cobertura da tríplice viral”, diz o especialista.

O Bio-Manguinhos é responsável pelo processamento final com a rotulagem e a distribuição das vacinas para os postos de saúde do país. Segundo médico que os laboratórios particulares produzem vacinas que foram avaliadas pelo instituto e o resultado do produto foi semelhante.

De acordo com o instituto, em 2013 o Bio-Manguinhos processou e distribuiu 28 milhões 895 mil doses da tríplice viral e 1 milhão 498 mil da tetravalente viral, que inclui a catapora. No ano passado, foram 11 milhões 603 mil vacinas tríplice e 3 milhões e 220 mil tetravalente. Com informações da Agência Brasil.

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