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Polícia identifica sete torcedores que atiraram rojões no gramado da Vila Belmiro, diz delegado

A Procuradoria do STJD deve pedir a denúncia do Santos nos parágrafos I e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir"

Polícia identifica sete torcedores que atiraram rojões no gramado da Vila Belmiro, diz delegado
Notícias ao Minuto Brasil

06:10 - 26/06/23 por Estadao Conteudo

Justiça Vila Belmiro

Sete torcedores que atiraram rojões e bombas no gramado da Vila Belmiro na última quarta-feira, na derrota por 2 a 0 do Santos para o Corinthians, foram identificados pela polícia. Segundo o delegado César Saad, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), a identificação ocorreu por meio do sistema de reconhecimento facial. As informações são da Rádio Bandeirantes. O Estadão entrou em contato com a Polícia Civil para obter o nome dos torcedores, mas não obteve resposta.

A confusão na Vila Belmiro teve início na reta final da partida e o árbitro Leandro Vuaden encerrou o clássico com o Corinthians aos 42 minutos do segundo tempo, alegando falta de segurança. Os jogadores do Santos tiveram de aguardar no gramado até os ânimos se acalmarem e saíram escoltados de campo. Como resultado, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) proibiu o Santos de jogar com torcida na Vila Belmiro e nem como visitante por 30 dias.

"Nós vamos individualizar a conduta de cada um. Isso vai ser tratado também como associação criminosa. Um torcedor que entra no estádio com bomba, prevendo um possível resultado negativo para o Santos tem que ser tratado desta forma. É assim que a Polícia Civil vai trabalhar", disse Saad, também à Bandeirantes, um dia após o ocorrido.

A Procuradoria do STJD deve pedir a denúncia do Santos nos parágrafos I e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir". Os parágrafos citam "desordens em sua praça de desporto" e "lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo".

A punição pode, portanto, será ainda maior. A equipe pode ser multada em até R$ 100 mil e também existe a possibilidade de perder até dez mandos de campo. "Toda e qualquer manifestação com uso de violência será devidamente repreendida e sancionada por este Tribunal", disse o presidente do STJD, na tarde desta quinta-feira.

Neste domingo, o Santos realizou o primeiro jogo desde a punição. Com a Vila Belmiro de portões fechados, o time da Baixada foi derrotado por 3 a 2 pelo Flamengo e chegou a dez jogos sem vencer. O técnico Paulo Turra, que estava no Athletico-PR até a saída de Luiz Felipe Scolari do cargo de diretor técnico, foi contratado para assumir o lugar de Odair Hellmann, que não resistiu aos resultados ruins, mas ainda não esteve à beira do gramado no revés para o time carioca.

A derrota manteve o Santos com 13 pontos, dois a mais que o Goiás, que abre a zona de rebaixamento. Na próxima quinta-feira, o Santos encerra a sua participação na Copa Sul-Americana, às 19 horas, contra o Blooming da Bolívia, novamente na Vila Belmiro. Com apenas quatro pontos, o elenco santista entra em campo já eliminado na primeira fase da competição.

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